Universidade do Porto vai criar museu sobre a instituição

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A Universidade do Porto inaugurou, no edifício da Reitoria, na praça Gomes Teixeira, uma exposição que pretende ser “um dos mais sérios prenúncios” da criação do museu da instituição.”A recente transferência dos serviços centrais da universidade para o edifício histórico da Praça Gomes Teixeira veio tornar mais próxima a concretização do projecto de constituição de um Museu da Universidade do Porto”, refere a instituição, em comunicado. O objectivo é agrupar naquele edifício os diversos núcleos museológicos das faculdades e centros de investigação da Universidade do Porto.

A exposição “Depósito: anotações sobre a densidade e conhecimento”, que estará patente até 30 de Junho, é constituída por mais de 570 peças, desde múmias egípcias, fósseis, instrumentos de pedra lascada e armas de bronze, até máquinas a vapor, esqueletos de primatas e um crocodilo embalsamado.

A mostra tem como comissário Paulo Cunha e Silva, docente da universidade que já foi director do Instituto das Artes e programador do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura para as áreas de Pensamento, Ciência, Literatura e Projectos Transversais.

A maior parte das peças está exposta numa “monumental estante” de sete metros de altura, colocada no átrio traseiro do edifício, virado para o Jardim da Cordoaria.

Na entrada principal estão expostas as peças mais volumosas, como esqueletos de um gorila e de um homem, um crocodilo embalsamado, uma tela de Ângelo de Sousa e maquetas de arquitectura e de engenharia de pontes.

Paulo Cunha e Silva seleccionou também para a exposição as últimas teses de doutoramento defendidas na universidade, instrumentos de electrotecnia, esculturas, pinturas, vídeos, colecções de insectos e invertebrados, peças anatómicas humanas e instrumentos cirúrgicos históricos.

Para ultrapassar o paradoxo do “lugar de repetição” (museu) no “lugar de inovação” (universidade), vão estar patentes também peças de artes visuais e performance encomendadas a 14 artistas contemporâneos.

Fontes: Lusa e Público

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