'Lápis Azul: a Censura do Estado Novo' no Museu da Imprensa

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O Museu Nacional da Imprensa inaugura no próximo sábado, dia 24, no Centro Multimeios de Espinho, a exposição ‘Lápis Azul: a Censura do Estado Novo’. São 48 anos de história para não esquecer.
21 de Março: A exposição apresenta mais de uma centena de documentos ilustrativos do largo espectro da actuação censória que vigorou em Portugal durante 48 anos, desde o golpe militar de 1926 até à revolução do dia 25 de Abril de 1974.
Realizada em colaboração com a Câmara Municipal de Espinho, a mostra está estruturada em núcleos, de forma a contemplar os diversos sectores da actividade informativa e cultural em que funcionaram os mecanismos censórios, desde a Imprensa à Música, passando pela Rádio, Televisão, Cinema e Teatro.
Ao nível da Imprensa, existem dezenas de provas de censura que mostram a diversidade e a tipologia dos cortes, desde a política ao desporto, incluindo as questões sindicais e cineclubísticas, entre outras. No domínio do Cinema, podem ser apreciadas ordens dos censores, anúncios retocados e mapas semanais dos Serviços de Exame e Classificação da Inspecção dos Espectáculos.
No espaço dedicado à Literatura, são apresentados vários autos de busca e apreensão de livros nas tipografias, editoras, livrarias e fronteiras. No campo do Teatro, guiões, ofícios, notificações e cartazes atestam a acção do ‘lápis azul’. No âmbito da Música, apresentam-se processos movidos contra cantores e letras de canções proibidas.

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