Jovens vão limpar espólio do Museu da Cortiça

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Um grupo de jovens vai reabrir por um dia o Museu da Cortiça da Fábrica do Inglês, em Silves, para limpar um espólio único no mundo que se encontra abandonado há três anos. A ação em defesa do museu vai decorrer na sexta-feira, entre as 09:30 e o 12:30 e, nesse dia, o espaço vai abrir portas, excecionalmente, para receber visitas gratuitas de alunos e da população.
A iniciativa, lançada por Manuel Castelo Ramos, professor e ex-diretor do museu, e alguns dos seus alunos, com idades entre os 12 e os 15 anos, procura sensibilizar a comunidade local para a importância da reabertura daquele espaço, que fechou portas em 2009, e para a degradação de todo o espólio que se encontra no seu interior.
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A Fábrica do Inglês, que integra o Museu da Cortiça, funcionou durante vários anos como um complexo de animação de Silves e pertence a uma empresa do Grupo Alicoop/Alisuper, recentemente adquirido pelo Grupo Nogueira, que detém 28% das ações, e a vários acionistas pulverizados que detêm os restantes 72%, explicou à Lusa Manuel Castelo Ramos. Parte do complexo da Fábrica do Inglês está agora à venda em hasta pública por cerca de 900 mil euros, até ao dia 11 de setembro de 2012, refere o site da Autoridade Tributária Aduaneira.
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Aquele que era considerado o principal museu de cortiça existente em Portugal chegou mesmo a ganhar o prémio de melhor museu industrial da Europa em 2001, ano em que recebeu mais de 100 mil visitantes.
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A Fábrica do Inglês representou um investimento de 12 milhões de euros, tendo o museu recebido nos últimos três anos de atividade uma média de 90 mil visitantes anuais.

Fonte: Diário Online

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