Um estudo coordenado por Giles Teixeira, Margarida Lima de Faria e Maria Vlachou, apresentado ontem, na Gulbenkian afirma que são pouco os museus que registam uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido com o público sénior.
Segundo o estudo, «não parece haver» indicadores nos planos de atividades, que permitam avaliar o sucesso quanto ao cumprimento dos objetivos dirigidos ao público maior de 65 anos.
Alerta o documento para a importância do retorno dado pelo público sénior das ações planeadas e executadas para si, e refere que «apenas 37% dos museus inquiridos afirmou possibilitar esta avaliação».
Todavia, como «não existe uma reflexão escrita por parte dos museus, não se sabe até que ponto o retorno dado é analisado» e permite uma melhoria das condições dos museus.
Sublinha o estudo que é necessário, para melhor se conhecer a realidade, a «obtenção e manutenção de dados estatísticos rigorosos e fiáveis quanto às visitas».
«Seria útil se todos os museus, pelo menos os que fazem parte da Rede Portuguesa de Museus, tivessem um registo comum dos visitantes, em termos e categorias».
Os autores do documento apontam «melhorias que se podem fazer com um investimento mínimo», como «a colocação de fitas aderentes nas escadas e no chão», para uma circulação em segurança.
Outra proposta é a adaptação das letras dos logótipos, textos e legendas, assim como dos contrastes, do posicionamento e da iluminação.
Os autores afirmam que se devem «facilitar as visitas repetidas» e lembram que o preço do bilhete pode «ser um fator dissuasor da ida aos museus», pois a este custo devem juntar-se outros, como os das deslocações e da alimentação, propondo «promoções conjuntas» com transportes públicos, parques de estacionamento, restaurantes ou cafetarias, e até a definição de «bilhetes-família».
Fonte: Diário Digital