O Governo cabo-verdiano está a estudar com a UNESCO as candidaturas a património mundial da humanidade do perímetro florestal do Planalto Leste, na ilha de Santo Antão, e do Parque Natural do Fogo.
A garantia foi dada pelo diretor-geral do Ambiente, Moisés Borges, que, citado pela Inforpress, indicou que o executivo “tem todo interesse” em, no caso de Santo Antão, avançar com o processo pela importância da área florestal no contexto da biodiversidade nacional e mundial.
Moisés Borges assegurou que Cabo Verde está em diálogo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para ver em que condições se poderá dar um “passo firme” na organização do processo para que seja aceite pelo organismo internacional.
A Direção Geral do Ambiente cabo-verdiana está a trabalhar em articulação com o Instituto de Investigação e do Património Culturais (IIPC) na preparação do dossiê do Planalto Leste, mas também no do Parque Natural do Fogo, outra reserva cuja candidatura a património natural da humanidade será também submetida à UNESCO.
Moisés Borges, que se escusou a avançar uma data para aposentação dos dois processos, indicou que, nesta altura, está-se na fase dos levantamentos e estudos sobre as duas áreas protegidas.
“Vamos ver que sinergias podemos criar com o IIPC e ver também, em parceria com a UNESCO, que tem sido uma grande parceira, como articular o processo o submeter o dossiê sem pressa, mas com firmeza”, garantiu aquele responsável, reafirmando o “empenho” do Governo.
O perímetro florestal do Planalto Central, conhecido como o “pulmão de Santo Antão”, é detentor de uma vasta área florestal diversificada.
Com uma extensão à volta dos dois mil hectares, é considerado um marco da biodiversidade pelas diferentes espécies florestais e endémicas, de que dispõe. Porém, os efeitos da seca e os incêndios têm sido fatores de ameaça à zona florestal.
Em 2009, a UNESCO considerou a Ribeira Grande de Santiago (“Cidade Velha”) como património mundial da humanidade, estatuto que o Governo cabo-verdiano pretende também atribuir ao Tarrafal de Santiago.
O executivo cabo-verdiano tem também em curso a elevação da Morna, género musical tradicional do arquipélago, em património imaterial da humanidade.
Fonte: Notícias ao minuto
