Arquitecto britânico plantou bosque dentro de um museu

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Um visitante atravessa a instalação de Chipperfield
HANNIBAL/REUTERS

São 144 grandes troncos alinhados num espaço luminoso, originalmente criado por Ludwig Mies van der Rohe. O britânico David Chipperfield, que já tem no currículo um prémio com o nome do alemão que é considerado uma das figuras maiores da arquitectura moderna, criou assim um bosque no grande “hall” envidraçado com que Mies marcou o seu último projecto, a Neue Nationalgalerie de Berlim.

A instalação, a que chamou Sticks and Stones, vai ser atravessada pelos visitantes desta galeria de arte moderna até 31 de Dezembro, fazendo desta obra de Chipperfield uma espécie de antecâmara do grande projecto de renovação que o arquitecto vai começar a pôr em prática neste museu inaugurado em 1968 já no início do próximo ano.

“Não fizemos mais nada do que plantar troncos no espaço expositivo mais bonito de Berlim”, disse Chipperfield aos jornalistas durante a apresentação da sua nova obra, explicando que a instalação tem ainda a dupla função de homenagear o desenho original de Mies e de fazer referência à futura intervenção que obrigará o museu a fechar as portas durante vários anos, escreve a agência de notícias espanhola Efe.

Os imponentes troncos de oito metros, acrescenta o comunicado da Neue Nationalgalerie, permitem lançar um olhar à história da arquitectura e ao mesmo tempo falar do presente porque, assemelhando-se a colunas, evocam os templos clássicos e as últimas obras do próprio Chipperfield.

David Chipperfield tem trabalhado muito na capital alemã e foi a sua renovação do Neues Museum (1997-2009) que lhe valeu em 2011 o Prémio Mies van der Rohe, com que a União Europeia distingue a arquitectura.

Fonte: Público

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