Orçamento Participativo de Braga distingue património, cultura e “coesão social”

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Os quase 500 mil euros do Orçamento Participativo de Braga 2015 vão ser aplicados na recuperação de património, atividades culturais, criação de áreas de lazer, num projeto de “coesão social” envolvendo reclusos e em iniciativas de “inclusão social”.

Esta tarde, na apresentação dos projetos vencedores, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, afirmou que esta iniciativa foi um “momento extraordinário de cidadania” e garantiu que algumas das que não foram contempladas naquele orçamento vão integrar o plano de atividades da autarquia e que o Orçamento Participativo de 2016 terá um “reforço” na verba passando a ser de 750 mil euros, 100 mil para iniciativas escolares e 650 mil para iniciativas dos cidadãos de Braga.

A recuperação do órgão da Igreja de S. Vítor, o projeto Mais Natal – Priscos, a conclusão do parque de merendas e de lazer da Aveleda, a criação da praia fluvial de um parque de merendas e a recuperação de um moinho nas freguesias de Guisande e Oliveira, a recuperação e revitalização de um moinho movido a água no Rio Este, e o Projeto BANG!, um festival bienal, foram os escolhidos pelos bracarenses, entre as 94 iniciativas submetidas a votação.

A verba destinada à comunidade escolar (75 mil euros) será empregue na sinalização e identificação das escolas de Mosteiro e Cávado, em iniciativas de incentivo à autonomia de invisuais pelo Agrupamento de Maximinos e no projeto do Agrupamento Francisco Sanches “Reconhecer – decidir – agir”, todos vocacionados para a “inclusão”.

“As propostas eram todas de grande qualidade. Algumas das propostas que estão entre as escolhidas vão ser igualmente executadas durante o próximo ano, vão ser incluídas na proposta do Plano de Atividades da autarquia”, garantiu.

Segundo o autarca, “este foi um momento extraordinário cidadania” que irá ter continuidade.

Assim, e no ano em que fará 200 anos o órgão de tubos da Igreja de S. Víctor vai ser recuperado, assim como consolidado o coreto e balaustrada do coro de modo a “devolver à cidade” aquele património. Este projeto contempla ainda concertos e protocolos com escolas de música da cidade.

O segundo projeto mais votado, “Mais Natal – Priscos”, é um projeto de “intervenção social” que quer criar “oportunidades de desenvolvimento e de integração social para reclusos e pessoas da comunidade cigana” com duas vertentes: “dignificação e humanização dos reclusos visando a reinserção social” e a “formação de mediadores ciganos que façam pontes entre a comunidade cigana e a sociedade bracarense”.

Os terceiro, quarto e quinto projetos visam a recuperação de património do município, como os moinhos, mas também a criação de espaços de lazer através da “intervenção em espaços públicos”.

O sexto projeto distinguido, “BANG!!”, pretende “incentivar a reflexão, debate e intercambio de ideias” através de exposições, debates e conferências em áreas como o design, artes plásticas, musica e arquitetura.

Quantos aos projetos de âmbito escolar, as escolhas recaíram em projetos com um “cariz muito caro à autarquia”, segundo definiu a vereadora da Educação e Cultura, Lídia Dias.

Desta forma, o Agrupamento de Maximinos vai levar a cabe iniciativas com o objetivo de “despertar para a autonomia” estudantes ou pais com deficiências visuais ou motoras, através da realização de tarefas do dia-a-dia em ambiente escolar.

Já as escolas do Francisco Sanches vão desenvolver um programa áudio dirigido invisuais, a pessoas idosas que não sabem ler.

O terceiro projeto pretende sinalizar as escolas do Agrupamento de Mosteiro e Cávado, nove no total, assim como os caminhos até aqueles edifícios.

JYCR // MSP

Lusa/Fim

Fonte: Porto Canal

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