O Museu Nacional do Brasil, maior museu de história natural da América Latina, localizado no Rio de Janeiro, fechou as suas portas ao público na segunda-feira por falta de dinheiro para pagamento aos funcionários da limpeza e vigilância.
Numa nota, os responsáveis pela instituição, que é controlada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dizem-se “impotentes” diante da “total insensibilidade” da política de austeridade do Governo, que cortou em despesas básicas na Universidade. “Naquela que deveria ser a ‘Pátria Educadora’, conforme promessa da Presidente Dilma Rousseff, a UFRJ não tem recebido os recursos que lhe cabem, inclusive para pagamentos das empresas que prestam serviços de limpeza e portaria ao Museu Nacional”, diz a nota assinada pela diretora do Museu, Cláudia Rodrigues. A afirmação faz referência ao discurso de posse da Presidente brasileira, Dilma Rousseff, que lançou como slogan do seu segundo mandato a máxima “Pátria Educadora”, prometendo dar prioridade à educação.
O Museu foi criado por D. João VI, em 1818, quando o Brasil ainda era colónia portuguesa. A instituição abriga o mais antigo centro de ciência do país, bem como um centro de pesquisa de formação e educação científica e cultural da infância e juventude da cidade do Rio de Janeiro. O Museu Nacional recebe, em média, 5.000 visitantes nos fins de semana e cerca de 1.000 nos dias úteis neste período, que compreende as férias escolares no país (verão do hemisfério sul). Em comunicado separado, a Universidade Federal do Rio de Janeiro diz que o pagamento às empresas subcontratadas “deverá ser feito a partir desta semana”, apontando adaptações para o período de 2015 como o motivo do atraso.
Fonte: CM
