Cópias manuscritas da Magna Carta em exposição

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As cópias estarão durante três dias numa sala da biblioteca e, na quinta-feira, serão expostas na Câmara dos Lordes (câmara alta do parlamento) para assinalar os oito séculos da criação da Magna Carta.

A carta, antecessora da Declaração Universal dos Direitos do Homem, foi escrita a 12 de junho de 1215, em Runnymede, sudeste de Inglaterra, pelo rei João I de Inglaterra, e é considerada a base constitucional britânica.

Em 1225, o rei Henrique III (1207-1272), filho de D. João I, modificou algumas cláusulas, enquanto o rei Eduardo I (1239-1307) foi responsável pela inclusão dos princípios deste documento na chamada Lei de Inglaterra de 1297.

Mais de 40 mil pessoas participaram num sorteio para poder ver a mostra durante os dois dias em que estará na Biblioteca Britânica, tendo sido escolhidas apenas 1.125.

Ainda que se conservem apenas quatro documentos originais, acredita-se que terão sido feitas 250 cópias da carta que foram distribuídas entre os religiosos e pessoas com cargos judiciais para que os seus princípios fossem aplicados no país.

A maioria das cláusulas que estabeleceu foram revogadas nos anos posteriores, mas o documento estabeleceu um número importante de princípios que serviram de inspiração a outras constituições.

Um desses exemplos é a Carta de Direitos dos Estados Unidos (Bill of Rights), manuscrita em 1791, ou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, redigida em 1948 após a II Guerra Mundial.

Um dos princípios básicos da Magna Carta é a ideia de que ninguém está acima da lei – incluindo os reis – e todos têm direito a um julgamento justo.

Após a exposição de três dias na Biblioteca Britânica, na quinta-feira os quatro manuscritos serão transferidos para a Câmara dos Lordes para aí serem expostos.

Uma vez terminada a exposição, as cópias voltarão aos seus lugares originais – duas estão nas catedrais de Lincoln e Salisbury e outras duas na Biblioteca Britânica, em Londres.

A diretora de manuscritos medievais da Biblioteca Britânica, Claire Bray, sublinhou, em declarações à cadeia de televisão BBC, que esta exposição é “um momento muito emocionante e histórico” porque pela primeira vez estão expostas em conjunto as quatro cópias do documento.

Fonte: Notícias ao Minuto

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