Amigos do Côa exigem ao Governo posição “definitiva”sobre gestão do Museu e do Parque

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A direção da Associação dos Amigos do Parque e do Museu do Côa (ACOA) exigiu hoje do Governo uma posição “definitiva” sobre o futuro modelo de gestão do Parque e Museu do Côa.
O objetivo é tentar garantir a salvaguarda, estudo e valorização do seu património arqueológico, que se encontra inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO.

No início de outubro, a tutela nomeou o diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte, como presidente da Fundação Côa Parque para um período de dois meses para “apresentar um diagnóstico da situação” na instituição.

António da Ponte substitui no cargo Fernando Campos Real e foi nomeado a título transitório.

Para vogal do conselho de administração, o Governo nomeou Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal.

À data, a nova administração tinha de apresentar, no prazo de 60 dias, “um diagnóstico” sobre a fundação e propostas para “aperfeiçoar o seu modelo de gestão e o cumprimento da sua missão”, tal como referiu a Secretaria de Estado da Cultura em comunicado.

“Terminado este prazo, o Governo comprometeu-se nomear um Conselho de Administração `definitivo`, o que ainda não aconteceu”, refere a ACOA.

O Parque e Museu do Côa terão de continuar a garantir a salvaguarda, estudo e valorização do seu Património Arqueológico, que se encontra inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO.

“Para pensar o futuro, importa fazer um balanço dos últimos anos de gestão da Fundação, balanço que se afigura desastroso no que diz respeito ao apagamento do papel do Parque e Museu do Côa na região e ao seu desempenho no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE do COA”, afirmam os amigos do museu e do Parque do Vale do Côa.

“Confundiu-se o papel que lhe competia, enquanto polo dinamizador e mobilizador de uma região, com elementares matérias de tesouraria”, aponta a ACOA.

Segundo a associação, não se percebe a importância que a arte do Côa tem no desenvolvimento regional e, desta forma, a responsabilidade que o Parque/Museu do Côa tem no território, o que tido encarado “comprometer o futuro da própria estrutura cultural e, no limite, da arte do Côa”

A direção da ACOA apela, assim, à tutela, ao Conselho de Administração e às entidades e parceiros com responsabilidade e interesse no futuro do Parque Arqueológico e Museu para que se recoloque este património mundial no centro de uma estratégia coerente para o território.

A fundação foi criada em 2011 para gerir o Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, com o objetivo de proteger, conservar, investigar e divulgar a arte rupestre, classificada Património Mundial UNESCO em 1998.

Fonte: RTP

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