“ARTE & NEGÓCIOS” | artigo pporto.pt por José Rosinhas

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A “We Art – Agência de Arte”, promove na “Porto Business School”, na cidade de Matosinhos, uma exposição colectiva de trinta e um jovens artistas plásticos portugueses, intitulada de “Arte&Negócios – Inovação e Criatividade”. Salienta-se que este evento é uma iniciativa privada e uma das suas particularidades é que o visitante poderá ter acesso à mesma 24h por dia até ao dia 30 de Junho.

“A simbiose perfeita entre o mundo das artes e o mundo empresarial” trata-se de uma frase que encontramos nos objectivos da agência de arte, liderada por Fernando Mendonça. Uma empresa de promoção e de agenciamento de jovens artistas e também de artistas consagrados.

Ser agenciado ou não, eis a questão! Como artista agenciado da “We Art” tem sido um prazer trabalhar com a equipa desta empresa, sediada em Aveiro, e que tem feito um trabalho excepcional em prol da divulgação da arte portuguesa contemporânea. Colaborar com um agente facilita o trabalho criativo e deixa as burocracias para quem percebe e pode facilitar o trabalho do artista plástico.

Assim para esta exposição foram convidados vários artistas como por exemplo: Alexandre Rola, Filipe Cortez, Filipe Rodrigues, Joana Rêgo, Manuela Pimentel, Miguel Neves Oliveira, Renata Carneiro, Sílvia Aguiar, entre outros. O projecto torna-se inovador e interessante na medida em que a maioria das obras já estão vendidas, através do trabalho da agência. Cada comprador/coleccionador é convidado e escrever um texto, que é colocado ao lado da legenda da obra, sobre a razão que o levou a comprar a peça. De referir que as interpretações, ou leituras, são muito interessantes e com um feedback muito positivo para o artista. Pois em algumas ocasiões, os artistas não sabem quem comprou as suas obras e por que razão o fez.

Na exposição encontramos obras em vários suportes e de várias linguagens como a fotografia, a colagem, o desenho, escultura e a pintura. Os corredores e salas amplas servem de espaço expositivo para receber as obras. Uma das obras que suscitará o interesse do público, poderá ser o trabalho de Mário Vitória (1983), “Time is Money?” datado de 2014, em que encontramos dentro de uma gaiola dourada um relógio de parede e dejectos de pássaro. Presos ao tempo…?

Paralelamente está programado um conjunto de conferências que decorrerão na biblioteca da Porto Business School nos dias 7 de Maio e 18 de Junho. “A arte enquanto indústria criativa” foi o tema da primeira conversa que decorreu no dia 9 de Abril, em que teve como convidados: Rosina Gomez-Baeza (Presidente da Factoría Cultural, Vivero de Industrias Creativas Matadero-Madrid e Co-directora e fundadora da YGB ART; Directora da ARCO entre 1986 e 2006 e Presidente do Instituto de Arte Contemporáneo (IAC) de Espanha entre 2005 e 2008) e Rui Paiva (Responsável pelo Património Artístico e Coleção Millennium BCP e membro da direção da Sociedade Nacional de Belas Artes).

Uma exposição e conferências a não perder!

José Rosinhas

Abril 2015

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