Álvaro Siza vai representar Portugal na Bienal de Veneza 2016

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Álvaro Siza vai ser o representante de Portugal na próxima Bienal de Arquitectura de Veneza, que decorre de 28 de Maio a 27 de Novembro. A Direcção-Geral das Artes (DGArtes), dirigida por Carlos Moura Carvalho, atribuiu a escolha da participação portuguesa aos curadores Nuno Grande e Roberto Cremascoli, que elegeram como tema o projecto de habitação social que o arquitecto português fez para a ilha da Giudecca, em Veneza, na década de 1980, e que agora vai ser finalizado após vários anos de paragem.

Roberto Cremascoli, arquitecto, colaborador de Siza desde há vários anos, e Nuno Grande, professor, crítico e ensaísta, confirmaram ao PÚBLICO os convites recebidos já no ano passado para a organização da presença nacional na bienal italiana, mas remeteram para a DGArtes mais explicações sobre o processo.

A confirmação oficial da informação que já corre nas redes sociais foi feita ao PÚBLICO pelo ministro da Cultura, este fim-de-semana, no Porto. “Sim, Álvaro Siza vai estar em Veneza; é uma escolha que vejo com belíssimos olhos”, disse João Soares, acrescentando que o actual Governo “agarrou com o maior dos entusiasmos” a decisão avançada pelo anterior executivo.

O ministro da Cultura lembrou, de resto, a “admiração pessoal e a amizade” que o ligam ao arquitecto responsável pela reconstrução do Chiado após o incêndio de 1988: “Trata-se de alguém que conheço muito bem, e com quem tive o privilégio de trabalhar quando fui presidente da Câmara de Lisboa uma vez por semana, pelo menos, durante quase sete anos.”

Álvaro Siza, por seu lado, manifestou ao PÚBLICO o “imenso agrado” com que vai voltar ao seu projecto de Veneza, um complexo de habitação social no Campo de Marte, em frente à Praça de São Marcos, cujo concurso internacional venceu em 1985. “Na altura, e já lá vão mais de 30 anos, foram escolhidos quatro arquitectos”, lembra, referindo-se à distribuição do programa, da responsabilidade do instituto Case Popolari, agora designado Ater Venezia (o equivalente ao português Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana), pelos italianos Aldo Rossi (1931-1997) – o celebrado autor do livro A Arquitectura da Cidade (1966) – e Carlos Aymonino (1926-2010) e pelo espanhol Rafael Moneo.

Fonte: Público

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