António Lamas reage à demissão

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O antigo presidente do Centro Cultural de Belém considera que a sua demissão do cargo pelo atual ministro da Cultura, João Soares, “foi uma limpeza”.

“Nunca vi nada assim, é um verdadeiro problema de educação”, diz António Lamas ao Expresso, nas suas primeiras declarações desde que João Soares o demitiu da presidência do Centro Cultural de Belém, onde estava desde 2014, nomeado pelo anterior governo.

Refere-se à maneira como foi tratado pelo ministro da Cultura na audiência que teve lugar no Parlamento, a 26 de fevereiro, uma sexta-feira. “Se não sair até segunda-feira, seguramente que o demitirei usando os instrumentos legais de que disponho.

A decisão confirmar-se-ia na segunda-feira, dia 29, conhecendo-se no dia seguinte a nomeação do Elísio Summavielle, com quem o ministro da Cultura colaborou em diversas ocasiões, para o lugar de Lamas.

Antes disso, no dia 18, em conselho de ministros tinha sido extinto o Plano Estratégico Cultural de Belém, conhecido como Eixo Belém-Ajuda, o projeto no qual Lamas havia investido dinheiro e tempo no seu consulado. Em entrevista ao Expresso,João Soares disse que Lamas “devia tirar as devidas consequências” desse gesto.

O antigo presidente do CCB e da Parques de Sintra, empresa que gere o património cultural e natural de Sintra conta que pediu uma audiência ao ministro, que ficou marcada para o dia 29 de fevereiro. Ao Expresso, Lamas conta que disse a João Soares que lhe reconhecia o direito de o demitir mas que não o iria fazer.

“Acredito que foi uma limpeza”, diz Lamas sobre a maneira como saiu do Centro Cultural de Belém, onde estava desde novembro de 2014, substituindo Vasco Graça Moura, que morreu em abril de 2014.

Fonte: DN

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