Historiador afirma ter descoberto a cama do “Quarto” de Van Gogh

913

quarto_van_gogh

A cama pintada por Vincent Van Gogh em 1888, numa das obras mais conhecidas do pintor holandês, “O Quarto em Arles”, pode ainda existir. O historiador da arte Martin Bailey seguiu o caminho da peça de mobiliário e descobriu que a cama poderá estar numa pequena vila holandesa, mas a investigação ainda não está terminada. O investigador espera conseguir encontrar a peça e o próprio museu Van Gogh já se mostrou interessado, garantindo que vai acompanhar de perto o seu trabalho.

Num livro que será publicado em novembro, Martin Bailey conta o caminho da cama desde o famoso quarto de Arles, no sul de França, até à vila de Boxmeer, onde se encontrava em 1945 — e onde, acredita Bailey, ainda poderá estar.

 A cama foi comprada originalmente por Van Gogh em setembro de 1888, por 150 francos. O pintor suicidou-se em 1890, e a cama passou para Jo, a viúva do seu irmão. A mulher levou a cama de volta para a Holanda, usando-a numa casa de hóspedes que geria no país natal. Só em 1937 voltou a haver notícias sobre a cama, quando o sobrinho de Jo, também chamado Vincent, recebeu um pedido para emprestar obras de arte, destinadas a um possível museu instalado na casa de Arles onde viveu Van Gogh. Na carta de resposta, Vincent respondeu: “Posso dar-lhe a cama que a aparece na pintura do quarto”.

O projeto do museu nunca se chegou a concretizar, mas o historiador conseguiu contactar o filho de Vincent, Johan van Gogh, que recordou que a cama foi oferecida a uma vila perto de Arnhem, em 1945. Bailey veio a descobrir, depois, que se tratava da vila de Boxmeer, onde ainda poderá estar nos dias de hoje. O historiador acredita que a cama poderá estar, simplesmente, na casa de alguém que não conhece a sua história.

O autor reconhece que, como a cama já chegou a Boxmeer com cerca de 60 anos, o seu dono pode ter-se desfeito dela alguns anos depois. “Mas permanece a possibilidade intrigante de que a cama ainda sobrevive em Boxmeer, uma testemunha silenciosa da história de Van Gogh em Arles”, considera Bailey.

Fonte: Observador

Siga-nos