Museu Berardo com entradas pagas

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A partir de 2017, o Museu Coleção Berardo passará a cobrar entradas. Este foi, de resto, um dos pontos que terão dificultado a assinatura da adenda ao protocolo inicial, de 2006, que determina o Centro Cultural de Belém (CCB) como casa da coleção do empresário madeirense. Pelo menos até 2022, passando a ser o comodato renovado automaticamente a cada seis anos (exceto se for denunciado seis meses antes).

Para Joe Berardo, o seu museu deveria continuar gratuito, no entanto o Ministério da Cultura considerou que era necessário que o museu tivesse mais meios de financiamento, podendo a bilheteira suprir esta necessidade. «Os custos de bilheteira passam a ser suportados pela Fundação Coleção Berardo, para a qual continuam a reverter, na íntegra, as receitas, permitindo uma fonte adicional de financiamento, nomeadamente para a programação do Museu. Prevê-se a cobrança de bilhetes nas exposições, permanente ou temporárias, continuando a ser competência da Fundação Coleção Berardo a fixação dos preços», pode ler-se no comunicado oficial, emitido pelo Ministério da Cultura, acerca do acordo assinado na passada quarta-feira, numa sessão que contou com a presença do Ministro da Cultura Luís Filipe Castro Mendes, do presidente do CCB Elísio Summavielle, e de Joe e o seu filho Renato, pela Fundação Berardo.

Caberá, então, ao Conselho de Administração da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo definir qual será o preço dos ingressos, qual a política de isenções e descontos (que deve ser semelhante à dos museus públicos), bem como quantos dias de acesso gratuito existirão por semana – sendo que também aqui o ministério exigiu que, no mínimo, existisse um dia de entrada livre.

Segundo o comunicado do ministério, o referido Conselho de Administração da Fundação Berardo cessa funções a 31 de dezembro, devendo, a 1 de janeiro de 2017, ser nomeado um novo Conselho, para um mandato de quatro anos.

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Fonte: I

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