Sulcos de carros de bois nos Açores vão ter plano de proteção

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Relheiras de Porto Martins na Ilha Terceira

Os sulcos resultantes da passagem de carros de bois nos Açores, denominados relheiras, vão ter um plano de proteção em 2017, de acordo com uma proposta da comissão que avaliou este património. “[As relheiras] estão em terrenos agrícolas, muitas vezes pouco acessíveis e, portanto, o plano de proteção significa também a sua valorização, consulta, visitação, visibilidade e enquadramento”, afirmou, em declarações à agência Lusa, o diretor regional da Cultura, Nuno Lopes.

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De acordo com o relatório “Inventariação e Proteção das Relheiras dos Açores”, ao qual a agência Lusa teve acesso, estão identificadas 102 relheiras em oito das nove ilhas da região, com exceção do Corvo, a ilha mais pequena.

São Miguel, a maior ilha do arquipélago, tem contabilizado um quilómetro de relheiras, divididos em dez troços; já o Pico será a ilha com maior extensão deste património, que, aliás, foi tido em conta aquando da aprovação da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha como Património Mundial, em 2004.

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A Comissão de Avaliação do Potencial Turístico das Relheiras, que elaborou o relatório, adianta que, após conclusão do plano de proteção, o documento passará a uma “fase de discussão pública para envolver e sensibilizar a opinião pública”, dado que “as relheiras estão, na generalidade, em locais de pouca acessibilidade, pelo que será necessário obter a anuência dos proprietários dos terrenos e dos agricultores que lidam com este património quotidianamente”.

A mesma entidade propõe a criação de uma página na Internet, a integrar o portal do Governo Regional dos Açores, com informação sobre as relheiras, e onde os conteúdos possam ser acrescentados por utilizadores externos, mediante aprovação.

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Fonte: Açoriano Oriental

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