Mais de um milhar de pequenas figuras em barro, feitas ao longo de anos por diferentes bonecreiros do concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel, constituem o acervo do centro interpretativo, que já foi designado como Museu do Presépio açoriano.
Inaugurado em 1996, este museu funcionou primeiro no edifício dos Paços do Concelho, transitando depois para a Casa de Cultura Carlos César, com o objetivo de valorizar a atividade criativa dos bonecreiros da Lagoa, mas acabou por encerrar há vários anos e as peças estão “devidamente guardadas”, salientou a autarca.
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A produção de figuras de presépio na Lagoa começou na segunda metade do século XIX, com a abertura das fábricas de cerâmica, mantendo-se ainda hoje a mesma técnica artesanal de fabrico destes bonecos natalícios.
O processo de fabrico das figuras bíblicas e do quotidiano do arquipélago passa por várias etapas, desde modelagem, paramento, pintura e cozedura.
A fábrica de cerâmica Vieira, fundada por Bernardino Silva, em 1862, produz louça decorativa e azulejos, entre outras peças, sendo a sua obra vulgarmente conhecida por “louça da Lagoa”.
Fonte: Açoriano Oriental