Ministério da Cultura está em negociações para a compra dos quadros de Vieira da Silva

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Luís Castro Mendes afirmou, durante a Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que o Governo está interessado em comprar os quadros de Vieira da Silva e está a negociar com os herdeiros do colecionador Jorge de Brito, proprietários das obras, adiantando mesmo que a negociação já está no Ministério das Finanças.

Sobre a possibilidade de os quadros poderem ser integrados na Fundação Arpad Szénes – Vieira da Silva (FASVS), levantada pelos deputados, Luís Castro Mendes considerou que “o importante é que as obras de Vieira da Silva continuem na fruição pública dos portugueses” e adiantou que, após as negociações, “muito provavelmente, ficarão na fundação”.

Este é um projeto que vem do anterior titular do cargo, João Soares, que tinha anunciado, durante a audição parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2016, estar a trabalhar numa perspetiva de “troca de património pelas obras”, de modo a manter os quadros de Vieira da Silva em Portugal.

Na altura, os proprietários dos quadros, que estão no museu da pintora, em Lisboa, admitiram que aceitavam trocá-los por terrenos do Estado, como fonte da família admitiu então à agência Lusa.

Fonte do Ministério da Cultura assegurou hoje, no entanto, que esse cenário – a troca das obras por terrenos do Estado – já estava completamente afastada.

As obras (que estarão avaliadas em seis milhões de euros) tinham sido emprestadas ao museu, num acordo de cedência que terminou no final de 2015, e, desde então, os proprietários entraram em negociações com o novo Governo.

Em 2015 os herdeiros tinham indicado à Lusa a intenção de vender as obras em leilão, caso não houvesse disponibilidade do Estado para a aquisição das pinturas.

As seis pinturas em causa – “Novembre” (1958), “La Mer” (1961), “Au fur et à mesure” (1965), “L`Esplanade” (1967), “New Amsterdam I” e “New Amsterdam II” (1970) – estão expostas em conjunto, no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa.

Fonte: RTP

 

 

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