“A Sedução da Modernidade” em exposição no Museu do Chiado

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A exposição “A Sedução da Modernidade”, que sublinha a importância da literatura como influência nas novas propostas artísticas no século XIX, está patente no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa.

A mostra – baseada na coleção do museu – assinala o ousado sentido de modernidade dos artistas de meados do século XIX face ao academismo, numa atitude provocatória ao gosto institucionalizado da época.

Na geração seguinte, “a arte moderna do Grupo do Leão surge em torno da figura de Silva Porto com pinturas de ‘ar-livre’ e cromatismos intensos”, recorda o museu numa nota de imprensa sobre a exposição.

A proposta de modernidade do pintor naturalista e realista Columbano Bordalo Pinheiro (1857—1929), “no centro do retrato das elites intelectuais, liga-se à novidade de alguns simbolismos e introduz uma ideia de representação de realidade que antecipa os modernismos”.

As balizas cronológicas da coleção do Museu Nacional de Arte Contemporânea iniciam-se em 1850, “numa data coincidente com a contestação da geração romântica, e nas últimas décadas do século XIX, prossegue no conceito de modernidade dos paisagistas e retratistas do Grupo do Leão”.

O Grupo do Leão foi uma tertúlia de artistas que se reuniu na Cervejaria Leão de Ouro, em Lisboa, entre 1881 e 1889, contando com jovens artistas que se viriam a destacar depois, como Silva Porto, José Malhoa e os irmãos Rafael e Columbano Bordado Pinheiro, responsáveis pela divulgação e sucesso da pintura naturalista em Portugal.

Assim, “este acervo [do Museu do Chiado] incorpora as mais significativas obras oitocentistas e o fascínio dos sucessivos projetos de modernidade constituem uma verdadeira sedução que se liga à ideia consolidada na exposição Vanguardas e Neovanguardas da arte portuguesa”.

A exposição está patente até ao dia 14 de Abril de 2018.

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