O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, apelou para a preservação da memória do Campo de Concentração do Tarrafal, por onde passaram mais de 300 presos políticos durante o regime colonial em Portugal.
“Acredito que, mais do que nunca, pedaços da vida e da história que o Campo de Concentração do Tarrafal contém, devem ser perenizados, numa perspetiva dinâmica que impõe a preservação do passado como referência preventiva para os perigos de hoje”, disse.
“Não apenas com o propósito de glorificar heróis, de recordar sempre os que foram violentados e até assassinados por causa das suas ideias, dos seus, das suas utopias, mas igualmente com o fito de desnudar essa faceta tenebrosa que o Campo contém e que também faz parte da humanidade”.
O campo do Tarrafal, inaugurado em outubro de 1936, foi inspirado nos campos de concentração nazis, e nele morreram 32 presos políticos portugueses e dezenas de outros oriundos das então colónias de Portugal.
Em Cabo Verde, o também conhecido como “Campo da Morte Lente” já é Património Cultural Nacional, mas o país quer a sua elevação a Património da Humanidade para preservar a memória de todos os que lutaram pela liberdade em Portugal e na África lusófona.
Fonte: Observador