A sala do trono do Palácio de Mafra, remodelada quase cem anos depois da sua construção para a adequar a decoração à época, está a ter as primeiras grandes obras de restauro, em 200 anos, sob o olhar dos visitantes.
Os andaimes colocados a quase toda a altura da sala, para os próximos cinco meses de obras, encobrem grande parte das pinturas do teto e das paredes, uma empreitada original que começou em 1804 e durou um ano, sob a direção de Cirilo Volkmar Machado, autor da pintura do teto.
Cirilo convidou Domingos Sequeira, pintor da corte e coautor das pinturas do Palácio da Ajuda, para efetuar a pintura das paredes, composta por figuras que representam as diversas virtudes.
Inaugurado como palácio real para descanso da família real em 1735, só em 1911 veio a ser aberto ao público, depois do fim da monarquia, e musealizado nos anos 30 do século passado.
Contudo, a sala do trono só veio a abrir aos visitantes uma década depois.
As obras foram viabilizadas pelo mecenato e são financiadas pela Fundação Millenium BCP.