Casa Museu Marta Ortigão Sampaio de novo de portas abertas

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Desde 1996 – já lá vão vinte anos – que o n.º 291 da rua de N.ª Sra. de Fátima, um edifício modernista do final dos anos 50 projectado pelo arquitecto José Carlos Loureiro, acolhe um dos mais interessantes museus municipais do Porto: a Casa Museu Marta Ortigão Sampaio (CMMOS). O que infelizmente nunca houve foi muita gente a dar por ele. É que quem lhe passava à porta dificilmente adivinhava o que se escondia naquele elegante prédio que parece prolongar visualmente o edifício Parnaso, do mesmo arquitecto, que fica uns metros mais acima e é considerado um dos mais notáveis exemplares da arquitectura modernista portuense. Para que o passeante desprevenido se convertesse num potencial visitante seria preciso que reparasse na pequena e pouco visível placa metálica com o nome do museu ou que suspeitasse de que as quatro letras douradas cravadas no muro – SOSS (iniciais dos apelidos de Marta e do marido) – talvez não fossem, afinal, a sigla de um qualquer serviço da Segurança Social.

Reaberta esta sexta-feira na sequência de uma remodelação encomendada ao atelier do arquitecto Camilo Rebelo, pode dizer-se que a CMMOS saiu finalmente da semi-clandestinidade. Uma gigantesca tela encimada por um auto-retrato de Sofia de Sousa, no qual a irmã de Aurélia se pintou a si pópria com um vistoso chapéu, torna agora quase impossível que alguém passe nesta rua, uma das radiais da Rotunda da Boavista, sem se aperceber da presença do peculiar museu constituído a partir do legado de Marta Ortigão Sampaio, filha de uma irmã de Aurélia e Sofia de Sousa, Estela, e do engenheiro Vasco Ortigão Sampaio, sobrinho do escritor Ramalho Ortigão e grande mecenas e coleccionador.

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Fonte: Público

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