Viana do Castelo quer Traje à Vianesa elevado a Património Nacional

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O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, anunciou hoje que vai candidatar o Traje à Vianesa a Património Nacional, classificação que justificou com a “autenticidade, beleza e simbolismo” do primeiro traje certificado do país.

O autarca socialista, que falava no salão nobre da autarquia durante a tradicional receção às mordomas que participam no desfile da Mordomia, número emblemático da Romaria d’Agonia, revelou “já ter informado o ministro da Cultura dessa intenção”, acrescentando que o município “vai agora preparar a respetiva candidatura”.

A certificação do traje à Vianesa, com origem no século XIX, foi publicada em Diário da República no final de 2016.

O processo foi adjudicado pela câmara municipal em maio de 2013 à Associação “Portugal à Mão”. O pedido de registo foi formalizado pela Câmara de Viana do Castelo em junho de 2015. Na ocasião, o executivo justificou a decisão de certificar o traje com a necessidade de evitar a “confusão” e a “apropriação” do mesmo por outras regiões.

Em fevereiro passado, foi apresentado o Caderno de Especificações do Traje à Vianesa. Trata-se de “um instrumento onde estão definidas as caraterísticas do Traje à Vianesa e listados, fundamentando, todos os parâmetros que pesaram para a sua certificação.

Entre esses parâmetros constam um nome que identifique o produto e que, neste caso, terá derivações, referenciais histórico-geográficos que contextualizem a ocorrência e a continuidade da produção, a caracterização do produto desde a forma, dimensões, padrões, cores e desenhos predominantes), as matérias-primas utilizadas, modos de produção (técnicas, saberes, ferramentas e equipamentos).

O traje assume-se como um símbolo tradicional da região, nas suas várias formas, consoante a ocasião e o estatuto da mulher. Em linho e com várias cores características, onde sobressai o vermelho e o preto, foi utilizado até há cerca de 120 anos pelas raparigas das aldeias em redor da cidade de Viana do Castelo.

(…)

Fonte: DN

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