A totalidade dos 5,55 milhões de euros para a compra de seis quadros de Maria Helena Vieira da Silva foi paga pelo Estado aos proprietários, após ter recebido visto do Tribunal de Contas, indicou à agência Lusa fonte oficial.
Contactado pela agência Lusa sobre o processo, o gabinete do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, indicou que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) fez esta manhã o pagamento e as obras “já são propriedade do Estado”.
Sobre o facto de o acordo prever o pagamento em três tranches, a pagar em 2017, 2018 e 2019, a mesma fonte indicou que “houve folga orçamental que permitiu antecipar, poupando os juros” que o faseamento iria implicar.
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A aquisição dos seis quadros de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) para o museu com o seu nome, em Lisboa, tinha sido anunciada em setembro deste ano, após decisão em Conselho de Ministros, mas a concretização, assinada em outubro, aguardava visto do Tribunal de Contas, previsto no contrato.
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Através da DGPC, a aquisição definitiva do conjunto cumpre o exercício do direito de opção de compra pelo Estado, previsto no protocolo celebrado com a Fundação Arpad Szènes – Vieira da Silva (FASVS) e os herdeiros do colecionador, em 9 de agosto de 2011.
Em setembro, o Conselho de Ministros tinha sublinhado, sobre este acordo, que tinha como objetivo “assegurar a manutenção no país e fruição pública das obras de uma das mais consagradas artistas nacionais” do século XX.
As seis pinturas em causa – “Novembre” (1958), “La Mer” (1961), “Au fur et à mesure” (1965), “L’Esplanade” (1967), “New Amsterdam I” e “New Amsterdam II” (1970) – estão expostas no Museu Arpad Szènes – Vieira da Silva, em Lisboa.
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Fonte: Observador