Monumento da Idade do Ferro destruído devido a abate de árvores

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O Castro de Guifões, classificado como Monumento de Interesse Público desde 1971, ficou “parcialmente destruído”, depois do abate de eucaliptos por parte de privados, disse esta terça-feira o vereador da Cultura da autarquia de Matosinhos, Fernando Rocha.

A estação arqueológica, considerada como uma das mais importantes da Idade do Ferro do Norte de Portugal, não está vedada e tem uma parcela de terreno que pertence a privados que, na última semana, decidiram vender as árvores a madeireiros que, com “maquinaria pesada”, destruíram “muros e caminhos” do monumento, explicou Fernando Rocha na reunião pública do executivo municipal.

Após ter tomado conhecimento e apresentado uma queixa-crime no Ministério Público (MP), a Câmara Municipal de Matosinhos vai, agora, tentar identificar com “maior exatidão” os danos causados e delinear um plano de ação para recuperar o que restou, adiantou o vereador.

Fernando Rocha esclareceu que foram “removidas muitas terras e retiradas muitas árvores”, e que a chuva “pode por em causa o que ainda resta do Castro”, daí ser “urgente” uma intervenção.

Depois de ter apresentado queixa no MP e de comunicar a situação à Direção Regional de Cultura do Norte, o vereador reconheceu que a câmara não pode fazer mais por se tratar de terrenos privados.

“Não há palavras para classificar esta situação. Isto demonstra uma total falta de respeito pela história de Matosinhos e pelo património. Deixaram o Castro num estado lastimável”, vincou.

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Fonte: TSF

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