O Museu Marítimo de Ílhavo celebra, este ano, o 75º aniversário.
A partir do final do mês de Outubro, o Museu inaugura uma estrutura inédita em Portugal: um aquário gigante de bacalhaus, cuja instalação irá ser feita com a cooperação técnica de técnicos noruegueses com experiência de viveiros idênticos. Um investimento de 2,6 milhões de euros, segundo anunciou já a Câmara Municipal de Ílhavo, proprietária do museu, e que vem dar também uma componente biológica e natural à casa de cultura do mar ilhavense. “A um museu que conta a história da pesca do bacalhau não podia falhar a parte biológica”, justificou o presidente da autarquia, Ribau Esteves, aquando da apresentação da obra.
Este é já o segundo grande investimento de que o MMI é alvo. Em 2001, o espaço tinha já sido completamente renovado e ampliado.Agora, o novo bloco do museu ficará ligado ao edifício principal através de um corredor suspenso e surge de um projecto da autoria do gabinete de arquitectos ARX, dos irmãos José e Nuno Mateus, que teve a seu cargo já a remodelação anterior – um projecto arquitectónico que foi premiado e reconhecido a nível nacional e internacional.
O futuro aquário de bacalhaus será, assim, mais uma peça importante de um vasto espólio dedicado à temática marítima, e que se divide por quatro exposições permanentes: a Sala da Faina Maior/Capitão Francisco Marques, centrada na pesca do bacalhau à linha com dóris (pequenos barcos de madeira); a Sala da Ria, dedicada às fainas agro-marítimas da ria de Aveiro; a Sala dos Mares, alusiva à memória da expansão oceânica dos portugueses e dos ílhavos e ao papel de abertura e experimentação que nela desempenharam as pescarias longínquas do bacalhau; e a Sala das Conchas, onde é exibida a colecção de conchas doada ao museu por Pierre Delpeut, em 1965.
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Fonte: Público, 05.08.2012