A Rua das Flores ganhou esta terça-feira mais uns pontos numa competição com outras artérias do centro histórico pela atracção dos turistas. A Santa Casa da Misericórdia do Porto inaugurou finalmente o seu museu, o MMIPO, que revisita a história de uma instituição que, nos últimos 500 anos, se confunde com a própria cidade. E que se abriu à arte contemporânea ao integrar na fachada do edifício uma escultura de Rui Chafes.
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Integrado na rede portuguesa de museus, o MMIPO foi inaugurado na manhã desta quarta-feira numa sessão presidida pelo Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, e sob a atenção, na rua, de dezenas de turistas que ganharam mais um motivo de interesse, ao lado da Igreja inaugurada pela instituição no início do século XVI. A artéria reabilitada há um ano fervilha de novos negócios, e o provedor da Santa Casa, António Tavares, admitiu que o nome pelo qual o novo espaço se identifica tenta ser de fácil apreensão pelos estrangeiros, que foram brindados com um duo de violinistas e alguns homem-estátua representando aspectos do espólio agora revelado à cidade.
Concretizado no mandato da mesa presidida por António Tavares, o museu foi ideia de um seu antecessor, há 125 anos. E foi pela voz de um actor interpretando o Conde de Samodães, que se percebeu o esforço deste homem culto, que fundou a sala dos benfeitores no pátio da casa, e mandou construir a sua cobertura em vidro sobre estrutura de ferro, para ali realizar exposições. Os visitantes, que pagarão cinco euros por entrada – ou quatro euros por pessoa, no caso de famílias com pelo menos quatro elementos – passam por este espaço para, pela porta travessa, entrarem na igreja ou na capela de Santa Isabel.
O primeiro-ministro e o presidente da Câmara do Porto elogiaram este esforço da SCMP, que contou com apoios de fundos europeus do último programa regional. “Há dias felizes”, assinalou Rui Moreira, depois de uma visita a um “equipamento fantástico, que revela riquezas até agora escondidas”. O autarca salientou o impacto que a abertura deste espaço cultural terá na “atractividade de uma cidade que se pretende mais diversificada” e na qual a cultura tem sido, e será, uma prioridade.
Fote: Público