Primeiro foi o “Inferno“, furtado a 1 de outubro, apenas dois dias depois de o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) ter colocado 31 quadros espalhados pela Baixa de Lisboa. Passada uma semana, foram levadasduas réplicas de uma vez, “Ruínas de Roma Antiga”, de Giovanni Paolo Pannini, e “Feira da Ladra na Praça da Alegria”, de Nicolas Delerive. Esta segunda-feira, o Observador notou que a parede onde estava o retrato de D. Sebastião está vazia.
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Nada que apoquente o diretor do MNAA. Nos furtos anteriores, António Filipe Pimentel reagiu sempre com otimismo, preferindo destacar o facto de não haver vandalismo. “As pessoas levam os quadros. É curioso”,disse. Mantém a boa disposição, até porque, no final da iniciativa, vai ser publicado um catálogo com todas estas peripécias que mostram como a cidade interage com as réplicas. Tudo faz parte da experiência.
A exposição “Coming Out — e se o museu saísse à rua?” foi inspirada numa iniciativa da National Gallery, em Londres, e preparada durante meio ano em segredo, para surpreender a cidade. Nunca tinha sido feito nada assim em Portugal. As principais obras do museu foram replicadas fielmente, emolduradas e etiquetadas, tal como estão no museu, de forma a gerar a dúvida nas pessoas sobre se seriam as originais. Mas sem qualquer segurança a vigiar.
Fonte: Observador