Cheias encerram Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

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A Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC) disse hoje que o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, que se encontra parcialmente submerso devido às cheias de segunda-feira, vai estar “encerrado, pelo menos, até domingo”.

A diretora da DRCC disse também à agência Lusa que vai enviar um relatório dos estragos provocados pelas cheias no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha à EDP, concessionária da barragem da Aguieira, exigindo que se assumam responsabilidades.

Desde 2009, ano de reabertura do monumento a visitantes, “que não tinha existido nada disto”, contou a diretora da DRCC, Celeste Amaro, afirmando não acreditar que, em pleno século XXI, as cheias “não tenham sido erro de alguém”.

Na reabertura, foi criada uma cortina de contenção de águas (investimento de seis milhões de euros). No entanto, pela primeira vez, as águas “passaram essa cortina”, explanou.

Para Celeste Amaro, é fundamental que “alguém assuma as responsabilidades pelo que aconteceu no mosteiro”, já que as águas do rio Mondego invadiram o espaço classificado como monumento nacional.

Holofotes, sistema elétrico, um sobrepiso de madeira, sistema de som e cadeiras podem estar entre os equipamentos danificados que, segundo Celeste Amaro, podem representar um prejuízo “de alguns milhares de euros”, a que pode acrescer trabalho de restauro e de recuperação da pedra do mosteiro – algo que ainda não se pode confirmar porque “é impossível” aceder ao edifício que ainda se encontra parcialmente submerso.

Segundo Celeste Amaro, ao meio-dia de segunda-feira “não havia uma gota de água” no mosteiro. No entanto, às 14:00, “já estava tudo coberto”, com as ruínas do antigo claustro submersas e o mosteiro inundado.

A diretora da DRCC frisou que “houve inação e falta de planificação” e vincou que “ninguém” avisou a direção regional do risco de inundação do mosteiro.

Apesar de tudo, a responsável da DRCC não se mostra preocupada com a estrutura física do monumento que comemora em 2016 700 anos de existência: “esteve anos e anos debaixo de água. Continua a aguentar-se firme e de pé e não sucumbirá por causa destas inundações”.

JYGA // SSS

Lusa/Fim

Fonte: Porto Canal

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