Porto vai ter 4,7 milhões para promover turismo

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Porto

orto e Norte de Portugal registaram mais de três milhões de dormidas de estrangeiros entre janeiro e novembro do ano passado. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e confirmam a região como um destino que está a ser descoberto por Espanha, França e Brasil, sobretudo. Mas também alemães, americanos e escandinavos têm mostrado cada vez mais interesse por visitar a cidade, devendo aumentar a sua presença ao longo deste ano.

Os três milhões de dormidas registadas pelo INE, representam um crescimento de 16,7 % (mais 442.100) face ao mesmo período de 2014, e não inclui dormidas em alojamento local, nem nos barcos-hotéis que navegam no rio Douro. Dois sub-setores da hotelaria que têm conquistado cada vez mais espaço no panorama internacional.

De acordo com a diretora executiva da Associação de Turismo do Porto (ATP), Helena Gonçalves, “a procura vai continuar a aumentar” este ano. Desde logo, porque vão abrir vários hotéis (“ainda este ano, mas outros só aparecerão em 2017”). Serão ainda anunciadas brevemente novas rotas aéreas, quer do mercado de proximidade, quer dos mais longínquos.

Dar força ao destino Porto continua a ser uma prioridade. Se, em 2014, a ATP contou com um orçamento da ordem dos dois milhões de euros, este ano terá 4,7 milhões. A ideia é trabalhar a diversificação de mercados, com os olhos postos no continente asiático. E apostar numa rede de venda online, de que o Port Card (que o turista estrangeiro pode comprar online previamente, com descontos em transportes e museus) é já um bom exemplo.

Helena Gonçalves avançou ainda estar a ser criado um observatório para analisar dados mais detalhados e desenvolver estatísticas, que permitam estudar o interesse dos turistas por determinadas regiões, como o Douro, de modo a melhor avaliar o potencial de crescimento.

A ATP é uma associação privada sem fins lucrativos que integra a Câmara Municipal do Porto, a Área Metropolitana, vários municípios e ainda entidades públicas e privadas, como agências de turismo, hotéis e quintas no Douro. No verão de 2014, iniciou um projeto-piloto para experimentar um novo modelo organizacional que fosse além da simples promoção externa que o Turismo de Portugal costumava fazer. Por iniciativa do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que preside igualmente à ATP, passou a fazer também a comercialização e a venda, muitas vezes junto do consumidor final, conforme o então contratualizado com o Turismo de Portugal. Começou com pouco mais de cem associados e conta hoje com cerca de 200.

O Porto e Norte passaram a ser um destino individualizado na promoção externa, que conjuga o interesse e necessidade da procura com as da oferta, envolvendo também companhias aéreas. Para Rui Moreira, que preside à ATP, o plano de atividades para 2016 “permitirá ao Porto e Norte continuar a trilhar o seu caminho de sucesso e fortalecer, de forma sólida, consistente e sustentável, o posicionamento deste destino”.

Fonte: Visão

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