O novo ministro da Cultura vai ser o embaixador Luís Filipe Castro Mendes, atual representante de Portugal junto do Conselho da Europa em Estrasburgo, segundo o ‘site’ da Presidência da Republica.
De acordo com o ‘site’ da Presidência da República, Luís Filipe Castro Mendes, atual representante de Portugal junto do Conselho da Europa em Estrasburgo, vai tomar posse na próxima quinta-feira, dia 14. Poeta ficcionista português, Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950 e licenciou-se em 1974 em Direito pela Universidade de Lisboa, desenvolvendo a partir de 1975 uma carreira diplomática sucessivamente em Luanda, Madrid e Paris.
Entre 1995 e 1997 o novo ministro foi chefe de gabinete do então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação. Luís Amado. Liderou ainda a Direção de Serviços da América do Sul, no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Em março deste ano, Luís Filipe Castro Mendes escolheu um dos seus poemas favoritos para Observador de modo a celebrar o Dia Mundial da Poesia. O poema escolhido foi “Magnificat” de Álvaro de Campos e o agora ministro escreveu então que “cada poema é um encontro, no processo em que é escrito tanto como no processo em que é lido”. “Encontrei há muito tempo este poema e sei que de repente ele me veio cortar a respiração e ferir-me com a terrível consciência de que nunca poderemos sair do nosso próprio ser, nem pela vida nem pela morte”, escreveu ainda o ministro que vai tomar posse dia 14 de abril.
O novo ministro da Cultura substitui na pasta João Soares que apresentou, na sexta-feira, ao primeiro-ministro, António Costa, a demissão das suas funções no Governo, invocando razões de solidariedade com o executivo. O pedido de demissão, aceite pelo primeiro-ministro, foi feito na sequência de ameaças de agressão física aos comentadores Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente, do jornal Público, e constitui a primeira ‘baixa’ do XXI Governo Constitucional, menos de cinco meses após a tomada de posse.
A demissão foi apresentada depois de o primeiro-ministro, na noite de quinta-feira, em declarações aos canais de televisão, ter pedido desculpa aos colunistas do Público, nomeadamente Augusto M. Seabra, por quem confessou “particular estima”, e Vasco Pulido Valente, por quem declarou “consideração”.
Fonte: Observador