“O verão chegou e há muito para fazer e ver no Parque Natural da Serra da Estrela ” | um artigo da autoria de Rogério Monteiro

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O verão chegou e há muito para fazer e ver

no Parque Natural da Serra da Estrela

Porque a serra da estrela não é apenas neve.

Várias entidades procuram combater a sazonalidade das atividades turísticas – associada à neve – ao promover um turismo alternativo, turismo de montanha, ecoturismo, entre outros. Desenvolveram-se atividades não-sazonais no Parque Natural da Serra da Estrela, juntando-se a outras já antes disponíveis, não esquecendo a beleza da paisagem e as piscinas naturais refrescantes nesta altura do ano.

 

Por Rogério Monteiro*

Fotografia Fernando Romão**

 

A Turistrela, concessionária da exploração do turismo da Serra da Estrela, promove atividades de pesca, caça, equitação, percursos pedestres ou rafting, entre outras atividades, mais ou menos radicais. Também as autarquias (Guarda, Manteigas, Gouveia, Seia, Celorico da Beira e Covilhã) procuram criar estruturas de apoio ao turismo e à animação turística, assim como aparecem empresas prestando serviços como: viagens em balões de ar quente, BTT, teambuilding, geocaching, canyoning, arborismo, paintball, parapente, circuitos organizados, organização de percursos a pé ou a cavalo, atividades radicais, viagens de helicóptero, ou a experiências de glamping etc. Acrescente-se a escalada, montanhismo, passeios todo-o-terreno e, dada a abundante existência de água – nas formas de rios, lagos e lagoas e barragens –, canoagem, remo ou windsurf:

Surgem, também, agentes de desenvolvimento e de animação locais, com o intuito de preservar a memória coletiva tradicional e cultural. Ainda há interesse pelo conhecimento das povoações da serra. E, por fim, a gastronomia, em busca dos produtos tradicionais – a maioria com denominação de origem protegida (como o queijo Serra da Estrela) que se revela um produto de grande atratividade para um público cada vez mais vasto, ávido de autenticidade. Some-se o património histórico-cultural, centrado nas romarias, festas ou feiras, dispersas um pouco por todo o PNSE, a maioria parte ocorrendo em época primaveril e estival. A festa da transumância é um exemplo de autenticidade festejada no início do verão, mas muitos outros eventos relacionados acontecem ao longo do ano, mostrando um outro lado da Serra.

É de registar o potencial mais significativo da Beira Interior, onde encontramos o PNSE e o tipo de turismo, e respetivos produtos turísticos, que aí pode ser dinamizado: turismo de contemplação, turismo de aventura, turismo desportivo, turismo cinegético, turismo etnográfico, turismo ecológico ou ambiental, turismo científico e turismo rural. Para o desenvolvimento destas atividades. O Professor Gonçalo Fernandes, em 2007, aponta para “a necessidade de definição de linhas estratégicas directrizes, em relação aos objectivos […] e aos condicionalismos existentes”.

 

Fernandes, G. (2007). Dinâmicas de desenvolvimento e valorização de recursos endógenos na Beira Interior (pp. 141-181). Instituto Politécnico da Guarda, Escola Superior de Educação: Guarda.

Lopes, R. (2005). Estudo de mercado e estratégias de segmentação para o turismo em espaço rural na região do Parque Natural da Serra da Estrela. Dissertação de Mestrado, INDEG-ISCTE, Lisboa.

CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela). Seia.

www.transumancia.com

 

*Rogério Monteiro, mestrando do curso de Mestrado em Turismo, Territórios e Patrimónios, na Universidade de Coimbra. Licenciado em Estudos Portugueses e pós-graduado em Ensino de Português como Língua estrangeira. Experiência profissional em países como Timor-Leste, RAE de Macau, França e República Checa. Viajante apaixonado, leitor e investigador

** Fotografia gentilmente cedida por Fernando Romão, um fotógrafo profissional apaixonado por natureza que muito tem dedicado à Serra da Estrela. http://wildlifeportugal.pt/index.php/pt/home/

 

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