A Câmara de Castelo Branco está a investir 800 mil euros na criação de um Museu Têxtil, que está a ser instalado na antiga Fábrica da Corga, na União das Freguesias de Cebolais de Cima e Retaxo, e deverá abrir as portas no início da próxima Primavera.
“Vai ser um museu vivo, que preservará a memória da indústria e onde será possível revisitar a sua história. É também um projeto com uma componente social, pois permitirá reviver o passado às pessoas que trabalhavam nos lanifícios”, explica o presidente da câmara, Luís Correia.
O Museu Têxtil será mais uma peça a acrescentar à oferta cultural do concelho, já bastante diversificada no que toca a espaços museológicos, com que a autarquia pretende atrair mais visitantes e turistas a Castelo Branco.
Para além do Museu Francisco Tavares Proença Júnior (que está a passar para gestão municipal e tem uma coleção rica em arqueologia e bordados), Castelo Branco tem para oferecer aos forasteiros o Museu Cargaleiro, o Centro de Interpretação de Bordados, a Casa da Memória Judaica, o Centro de Cultura Contemporânea (onde está exposta uma mostra da coleção de Serralves) e os museus da Seda e do Canteiro.
A Fábrica da Corga, que tinha uma fiação e tecelagem de lãs escocesas, estava fechada quando foi adquirida em 2014 pela autarquia, que contratou uma empresa especializada na recuperação dos equipamentos industrias, pois a ideia é que os visitantes do museu vejam as máquinas a funcionar.
Cebolais, que fica a uma dúzia de quilómetros da cidade de Castelo Branco, era um importante e próspero centro industrial de lanifícios, que empregava muita gente e garantia um nível de vida tão elevado aos habitantes da aldeia, que chegavam a comparar os seus índices de conforto (máquinas de lavar, automóveis, etc) per capita aos dos parisienses.
Fonte: Jornal T