Descoberta uma nova família de fungos na Sé Velha de Coimbra

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Durante a recolha de amostras de calcário deteriorado numa peça de arte na Sé Velha de Coimbra – que é Património Mundial da UNESCO –, descobriu-se uma nova família de fungos, a Aeminiaceae. Apresentados na última edição da revista científica MycoKeys, estes fungos podem contribuir para uma descaracterização das obras de arte. Contudo, a equipa refere que não há motivo de preocupação imediata porque muitos monumentos classificados pelas Nações Unidas estão sujeitos à biodegradação por microorganismos.

“A Sé Velha de Coimbra é a única catedral românica portuguesa dos tempos da Reconquista a ter sobrevivido relativamente intacta até agora”, indicam os autores no artigo científico. Localizada a meia encosta na cidade de Coimbra, esta catedral foi construída em calcário amarelo entre o século XII e o XIII sob a orientação do Mestre Roberto (que também orientou a obra da Sé de Lisboa).

Em 2013, a UNESCO reconheceu o conjunto histórico-cultural da Universidade de Coimbra, da Alta de Coimbra e da rua de Sofia (zona onde está a Sé Velha de Coimbra) como Património Mundial da Humanidade. “Dentro desta área, muitos monumentos mostram claros sinais de biodeterioração, incluindo a proliferação de fungos microcoloniais negros”, lê-se no artigo.

Conhecidos por terem uma resistência única a condições ambientais adversas – como temperaturas extremas e secas severas –, estes fungos têm um crescimento lento e sobrevivem em desertos quentes e frios, sítios contaminados por hidrocarbonetos e em rochas.

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Fonte: Público

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