O Museu de História de Nantes decidiu suspender uma exposição sobre o líder mongol Genghis Khan por causa de uma tentativa de censura do governo chinês, revelaram os responsáveis pelo museu.
O museu de história da cidade de Nantes, no oeste de França, anunciou esta segunda-feira que ia atrasar em mais de três anos a abertura da exposição sobre o lendário fundador do Império Mongol do século XIII.
Os preparativos para a exposição, planeada em colaboração com o Museu da Mongólia Interior em Hohhot, na China, tiveram problemas depois de o departamento de Património Cultural da China ter pressionado para que fossem feitas alterações ao plano do projeto original, “incluindo elementos notáveis de reescrita tendenciosa da cultura mongol em favor de uma nova narrativa nacional”, disse o museu de Nantes.
As autoridades chinesas exigiram que certas palavras, incluindo “Genghis Khan”, “Império” e “Mongol”, fossem removidas da exposição, e mais tarde pediram controlo sobre os textos, mapas, brochuras e comunicações da exposição, revelou o museu.
Esta situação coincide com uma postura chinesa mais dura contra os mongóis étnicos, que correspondem a cerca de 6,5 milhões dos 1,4 mil milhões de habitantes da China e vivem principalmente na província da Mongólia Interior.
A província tem vivido semanas de protestos e boicotes a escolas por causa de uma política que exige que as escolas ensinem política, história e literatura em mandarim em vez de na língua local.
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Fonte: DN