O estudo para ‘Os últimos momentos de Camões’, de Domingos Sequeira (1768-1837), foi arrematado em leilão na passada segunda-feira, tendo o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) exercido o direito legal de preferência, confirmou a leiloeira.
Fonte da leiloeira disse à agência Lusa que este “importante estudo” era proveniente da coleção do marquês de Sousa Holstein, tratando-se de “um estudo para o quadro com o mesmo título, apresentado em Paris em 1824 e hoje considerado perdido”.
O estudo foi levado à praça com uma licitação base de 400 euros e “suscitou o interesse de vários colecionadores”, tendo sido arrematado por 3.000 euros.
“Dado o seu significado histórico e artístico, o MNAA exerceu o direito de preferência, adquirindo assim a obra”, segundo a leiloeira, que acrescentou que o estudo tinha sido arrematado por um cidadão com a “intenção precisamente [de] oferecê-lo ao MNAA”.
No final de 2019, a Direção-Geral do Património Cultural comprou, em Paris, outro estudo para o mesmo quadro, que foi dado a conhecer ao público no MNAA em maio do ano passado.
Segundo a página do MNAA, Domingos Sequeira pintou em Paris e apresentou em 1824 naquela cidade “A morte de Camões” ou “Os últimos momentos de Camões”, “obra que tem sido considerada como uma das precursoras do romantismo português e europeu”.
“Esta tela que se encontra atualmente com paradeiro desconhecido depois de ter sido oferecida pelo pintor ao Imperador D. Pedro I do Brasil e enviada para o Rio de Janeiro onde se lhe perdeu o rasto, é apenas conhecida através de alguns desenhos preparatórios que subsistem”, acrescenta o MNAA.
Fonte: Notícias ao Minuto