Museu americano transforma guardas em curadores

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O Baltimore Museum of Art, nos EUA, está a preparar uma nova exposição, a apresentar em março de 2022, com curadoria dos seguranças. “Guarding the Art” (Guardando a Arte) contará com 17 obras selecionadas por estes profissionais.

O curador Lowery Stikes Sims, um dos responsáveis pela iniciativa, explicou ao The Art Newspaper que a visão dos guardas tem um imediatismo em tudo diferente da visão dos especialistas que normalmente curam as exposições: “Os seguranças estão a guardar a arte, a interagir com o público e a ver reações de visitantes a que maioria da equipa do museu não tem acesso nos nossos escritórios”.

Referindo “quão diferentes da abordagem intelectual e filtrada” a visão dos guardas é, Sims descreveu-a como “extraordinariamente pessoal”. E de facto, a julgar pelos três guardas que o The Art Newspaper entrevista, ela é mesmo mesmo pessoal acima de tudo. Os argumentos que cada um deles usa para justificar a sua seleção têm a ver não com reações do público, mas com circunstâncias estritamente pessoais.

Um guarda-porto-riquenho escolhe esculturas pré-colombianas “para injetar” alguma da sua cultura na exposição. Outro escolhe uma pintura de um artista local pouco conhecido que mostra o bairro onde reside. E uma terceira opta por um quadro do expressionista alemão Max Beckmann por ele mostrar a segunda mulher do artista, uma violinista. A guarda em questão, além de também ter estudado música clássica, foi cantora de ópera, como a primeira mulher do pintor.

Fonte: Expresso

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