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Gulbenkian promove programa de apoio a crianças ucranianas

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No âmbito da iniciativa de apoio à Comunidade Ucraniana, a Fundação Gulbenkian vai financiar projetos que promovam a integração de crianças ucranianas até aos seis anos através da metodologia “Grupos ABC – Aprender, Brincar, Crescer”

Face às consequências da guerra na Ucrânia, no âmbito da qual muitas famílias e crianças ucranianas procuram refúgio em Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu apoiar projetos que promovam a integração de crianças até aos seis anos que não tenham resposta de creches ou jardins de infância. O processo de integração proposto será feito com recurso à metodologia de playgroups “ABC – Aprender, Brincar, Crescer” (GABC).

Esta iniciativa está integrada no apoio de emergência de 1M€ anunciado pelo Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian em março passado, para o alívio da crise humanitária provocada pela guerra. Até ao momento, a Fundação já alocou 500 mil euros para o apoio a organizações humanitárias que ajudam os refugiados nos países fronteiriços mais pressionados – nomeadamente a Polónia, como as ONG “Polish Humanitarian Action” e “Jesuit Refugee Service Poland”, e o EPIM – European Programme for Integration and Migration –, tendo ainda destinado 250 mil euros a associações ucranianas em Portugal.

Os GABC são conjuntos de cinco a 10 crianças e seus cuidadores que se reúnem duas vezes por semana, em espaços de tipologias diversas – escolas, bibliotecas, instituições públicas e de solidariedade locais, espaços públicos, mercados, estabelecimentos comerciais – para interagirem e brincarem em conjunto. Cada sessão é dinamizada por um ou dois monitores que, ao longo de cerca de duas horas, promovem contextos de socialização e de experimentação estimulantes, através de brincadeiras e atividades informais favoráveis à aprendizagem.

A experiência dos últimos anos, em Portugal e noutros países europeus, demonstra que estas sessões privilegiam as relações interpessoais e a criação de um clima empático, de respeito, cooperação e partilha, que facilitam a inclusão social e promovem o desenvolvimento cognitivo, emocional, social das crianças. Estas sessões promovem ainda o desenvolvimento de competências parentais e a empregabilidade das famílias.

As entidades interessadas em acolher os playgroups – pessoas coletivas, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, legalmente reconhecidas e com atividade na área da Educação ou da Ação Social – poderão submeter a sua candidatura até 20 de abril. A formação dos monitores para implementação da metodologia será promovida por vários parceiros, entre os quais o Ministério da Educação e a Fundação Bissaya Barreto.

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