O Centro de Artes do Saber Fazer (Crivo) situa-se no edifício recuperado da antiga panificadora do Peso da Régua para divulgar os artistas e criar uma “task force” do melhor que se faz no Douro.
A inauguração do espaço, que é gerido pela Fundação do Museu do Douro, marca também os 25 anos da criação deste que foi o primeiro museu do território criado em Portugal.
“É um projecto de artes e saber fazer. Vamos procurar cruzar ali o saber fazer antigo com o saber fazer actual e impedir o desaparecimento de algumas profissões”, afirmou o presidente da Fundação Museu do Douro, Fernando Pinto.
O Crivo funciona como um espaço criativo onde os mais jovens podem aprender, mas também acrescentar valor ao “saber fazer” existente na região e os seus objectivos são valorizar a cultura e a criatividade que fazem o Douro. Ali pretende-se divulgar os criadores da região, gerar oportunidades de negócio e desenvolver acções de formação.
O espaço abriu portas com 10 artistas residentes que ali estiveram a trabalhar ao vivo, a mostrar a sua arte e os seus produtos relacionados com, por exemplo, a olaria negra de Bisalhães, as máscaras de Lazarim, instrumentos musicais tradicionais, cestaria ou arte feita através de materiais desperdiçados da natureza.
O edifício da antiga panificadora da Régua, construído na década de 60 do século XX e foi representativo da arquitectura industrial, foi agora adaptado mantendo as suas características originais como os azulejos nas paredes, a chaminé e o monta-cargas.
No rés-do-chão e com ligação para a rua ficou um espaço aberto, dividido por módulos que podem ser adaptados em função das necessidades.
Nas obras de adaptação e equipamentos foram investidos 200 mil euros, com financiamento no âmbito de uma candidatura ao Turismo de Portugal, no âmbito da linha de apoio à sustentabilidade.
Fonte: Fugas