Arquiteto Carrilho da Graça distinguido com o Prémio Nuno Teotónio Pereira 2022

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MIIA_Abrantes

O arquiteto João Luís Carrilho da Graça foi distinguido com o Prémio Nuno Teotónio Pereira 2022 pelo projeto do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, em Abrantes, segundo informação publicada pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

Atribuída por este instituto público, a distinção foi entregue na segunda-feira, numa cerimónia no Museu da Eletricidade, em Lisboa.

Inaugurado em 2021, o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, instalado no Convento de São Domingos, é da autoria do arquiteto João Luís Carrilho da Graça, com museografia do “designer” Nuno Gusmão, e museologia de Fernando António Batista Pereira e de Luiz Oosterbeek, indica o ateliê do arquiteto em comunicado.

O projeto “desenvolve-se a partir de uma dialética que procura esclarecer o conjunto conventual pré existente”, segundo o ateliê, “partindo dos pressupostos programáticos e logísticos inerentes à construção das condições museológicas num edifício histórico”.

Organizados em torno do claustro original, “os espaços do convento veem revelada e explorada pelo projeto uma inesperada qualidade e flexibilidade arquitetónica que mais sublinharam a necessidade do restauro, reabilitação e dotação infraestrutural do edifício se pautar por um silêncio formal, e uma ocupação funcional adaptados às características espaciais e estruturais do conjunto”, descreve o ateliê.

O edifício possui serviços técnicos e de apoio ao funcionamento do museu, espaços expositivos para núcleos específicos das coleções e fundos depositados na Câmara Municipal de Abrantes, como acervos municipais de arqueologia e arte do município, a Coleção Estrada, a Coleção da pintora Maria Lucília Moita e a Coleção de Arte Contemporânea Figueiredo Ribeiro.

Nascido em Portalegre, em 1952, João Carrilho da Graça é autor, entre outros projetos, do Museu do Oriente, da musealização arqueológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge, da Escola Superior de Música do Politécnico de Lisboa e da Escola Superior de Comunicação Social, concluída em 1993, vencedora do Prémio Secil no ano seguinte.

 

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