Nos dias 24 e 25 de fevereiro, sábado e domingo, o Museu Marítimo de Ílhavo assinala os 75 anos da primeira viagem do Navio-Museu Santo André, com um vasto programa.
Destacam-se duas novas exposições temporárias, o início de um ciclo de cinema, uma visita especial com um ex-tripulante e uma Conversa de Mar sobre o 25 de Abril a bordo dos navios bacalhoeiros.
O programa inicia-se na tarde de sábado, dia 24, às 16h00, no Museu Marítimo de Ílhavo, com a inauguração da nova exposição temporária “Ideologias do Mar: confrontos e narrativas”. Esta exposição, em colaboração com o projeto FILMar, apresenta uma leitura de discursos, práticas, rituais, estéticas e figurações que exprimem várias vivências ligadas ao contexto marítimo durante o período do Estado Novo.
Para a noite está marcado o Ciclo de Cinema “Ideologias do Mar”, que complementa o discurso da exposição, e terá sessões quinzenais até ao dia 4 de maio. Nesta primeira sessão, o Museu Marítimo de Ílhavo recebe os filmes “A Almadraba Atuneira” (1961), de António Campos, e “Areia, Lodo e Mar” (1977), de Amílcar Lyra. O Ciclo de Cinema “Ideologias do Mar” nasce de uma colaboração da Cinemateca Portuguesa com o Museu Marítimo de Ílhavo.
No domingo, dia 25, às 15h00, Marcos Bola Filipe, antigo tripulante, levará os visitantes a conhecer a Casa das Máquinas. Às 16h30, associando os 75 anos do Navio aos 50 anos do 25 de Abril, será inaugurada a exposição temporária “Mar revolto: memórias de 1974”, que será o ponto de partida para a Conversa de Mar “A greve dos bacalhoeiros em 1974”, que contará com a presença de Armando da Silva Teixeira, antigo Moço e Aprendiz de Escalador, e Carlos Marques Fernandes, Radiotelegrafista.
O Navio-Museu Santo André é um polo do Museu Marítimo de Ílhavo. Fez parte da frota portuguesa de bacalhau e pretende ilustrar as artes do arrasto.
Mais recentemente, o Navio-Museu Santo André foi alvo de uma requalificação e reabriu ao público com um novo projeto museográfico que conta com novos espaços e recursos expositivos.
Esta foi a primeira grande intervenção desde que o Santo André passou a navio-museu, em 2001. A obra envolveu um investimento de 1,2 milhões, tendo a União Europeia financiado em 75%.