Depois de um processo de reabilitação, o Ateliê António Carneiro abre esta quinta-feira, às 18 horas, para enriquecer o Museu do Porto com obras do pintor que fazem parte do acervo municipal, mas também de diferentes coleções, algumas delas particulares, uma curadoria de Bernardo Pinto de Almeida.
São mais de 90 obras, de onde constam peças da Fundação e Centro de Arte Moderna Calouste Gulbenkian, do Museu de Arte Contemporânea do Chiado, da Fundação Cupertino de Miranda, da Fundação Millennium bcp, do Museu e Igreja da Misericórdia do Porto e das Câmaras Municipais de Gaia, Matosinhos e Amarante.
Dos diferentes núcleos que compõem a exposição, destacam-se “A Paisagem”, com algumas obras menos conhecidas do artista, que evidenciam o sentido de dissolução das formas, “Chave Simbolista”, que denota como a arte de Carneiro começou por se abrir ao Simbolismo, e “A Família”, onde se reúnem algumas das imagens em que o pintor retratou o seu núcleo mais íntimo.
Entre as obras, referência para o estudo e o tríptico “A Vida”, os “Ecce Homos”, os autorretratos e uma série de retratos da família, bem como pinturas marinhas e “Nocturnos”.
A exposição acolhe, ainda, peças de Aurélia de Sousa, Amadeo de Souza-Cardoso e Auguste Rodin e outros artistas que lhe são contemporâneos e cujas obras se ecoam mutuamente. A mostra acolhe, também, a participação do artista Miguel Branco, em três núcleos escultóricos.
De caraterísticas arquitetónicas singulares, a antiga “casa-oficina” de António Carneiro foi construída na década de 1920 como ateliê do próprio António Carneiro e do seu filho Carlos Carneiro, figuras marcantes da arte portuguesa. Ali viveu, também, o outro filho de António Carneiro, o compositor Cláudio Carneyro – homenageado na inauguração, através da interpretação da sua obra, numa programação do Curso de Música Silva Monteiro.
Fonte: Porto.