Museu Nacional de Arqueologia prevê iniciar escavações no interior em fevereiro

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Museu Nacional de Arqueologia

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa, prevê começar as obras de escavações arqueológicas no interior em fevereiro, seguindo-se o restauro das fachadas, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

De acordo com o diretor do museu, António Carvalho, o MNA, encerrado ao público em geral desde abril de 2022, deverá começar estas duas empreitadas do programa neste primeiro trimestre, e a terceira, de remodelação integral do interior do edifício, até ao final do primeiro semestre do ano.

Questionado sobre o atual ponto da situação do projeto, António Carvalho indicou que “até agora decorreu a preparação para a obra de grande dimensão, nomeadamente a desmontagem integral de todas as exposições, e a reinstalação dos serviços e das coleções noutros espaços interiores”.

Todo o conteúdo “foi transferido do piso superior para a galeria poente, e foram desmontadas as exposições, com a remoção de vidros, pré-fabricados e das antigas museografias para que a obra de reconstrução comece”, até ao final de junho, indicou.

Depois de lançadas as empreitadas das obras do PRR deverão seguir-se as fases de instalação, montagem e a abertura do museu, “processos completamente distintos, que vão culminar com uma nova realidade” naquele espaço com um acervo arqueológico de várias tipologias, desde a pedra, vidro, cerâmica, metal e livros provenientes de 3.178 sítios arqueológicos de todos os distritos do país.

Também foram montados laboratórios em oito contentores marítimos acoplados no exterior do edifício, com especialistas para controlar preventivamente o estado de conservação dos bens do acervo arqueológico.

António Carvalho e a sua equipa de 22 pessoas decidiram ficar no museu durante a obra para acompanhar todo o processo de perto: “Isso dá-nos uma segurança muito grande para gerir melhor o risco. Todos os dias estamos com os bens, todos os dias verificamos os ares condicionados, os desumidificadores onde se encontram os metais, ou a coleção egípcia”.

“Esta presença é extremamente importante porque muitas vezes estas obras e algumas catástrofes andam a par. A obra potencia o risco. Foi o que aconteceu no caso da catedral de Notre Dame, em Paris”, recordou, sobre o incêndio que deflagrou no monumento em 2019, durante obras de conservação, provocando graves destruições.

Embora o museu esteja encerrado ao público em geral há quase três anos, tem continuado a receber visitas organizadas de grupos de universidades e escolas, associações e organizações, com as quais quiseram manter o contacto.

Fonte: Observador

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