O projeto de Mário Ferreira para o primeiro hotel em Portugal com uma entrada pela água – neste caso pelo rio Douro – ao estilo de Veneza, tem levantado grandes dúvidas, por estar inserido na zona especial de proteção do Mosteiro da Serra do Pilar e muito perto da área consagrada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. Mas o empresário garante à VISÃO que não desiste do hotel e que tem havido um contacto permanente com a Câmara de Gaia e com elementos da Cultura da região Norte para se conseguir “acertar os detalhes” que permitam a sua construção.
Por enquanto, as notícias não são favoráveis. Uma resposta do gabinete do Ministério da Cultura ao Bloco de Esquerda, a que a VISÃO teve acesso, dá conta de três pareceres negativos. A primeira versão do projeto obteve um parecer não favorável logo em junho de 2016. Uma segunda versão também teve o mesmo resultado por despacho de dezembro do diretor dos Serviços dos Bens Culturais.
Nessa altura, o processo foi enviado para a Direção Geral do Património Cultural para ser submetido a parecer da seção de Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura. “Fundamentada na especial sensibilidade da intervenção”, esta seção deu novo parecer desfavorável a 18 de janeiro de 2017.
Fonte: Sábado
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