Sesimbra prepara museu subaquático

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Em 1989, a embarcação River Gurara, um cargueiro nigeriano, naufragou a poucas centenas de metros do cabo Espichel, provocando a morte a quase metade da população. Hoje, o local do naufrágio é um dos mais importantes na rota do mergulho recreativo em Portugal, atraindo milhares de mergulhadores.

A autarquia ambiciona, desde há vários vários, criar um parque subaquático dedicado a\ esta modalidade, com base, não só, na embarcação nigeriana, mas também em outros atractivos, nomeadamente o afundamento  de mais um dos dois navios dentro dos limites do parque marinho. A ideia esbarra, porém, nos regulamentos da área protegida. “Vamos continuar a bater-nos por isso porque achamos que devia haver uma excepção para estas situações”, defende Augusto Pólvora, apontando os benefícios económicos que o projecto representaria para a região. Ressalva, no entanto, que a câmara não teria neste momento verbas para o concretizar.

Enquanto o parque não avança, a autarquia trabalha para criar um museu subaquático, cuja inauguração já esteve prometida para 2010. “Espero que esteja pronto no Verão de 2015”, afirma o presidente da câmara. O projecto, que representa um investimento de dez mil euros já disponibilizados pelo Turismo de Lisboa, prevê a colocação no fundo do mar de artefactos como âncoras e canhões, ligados a naufrágios de navios ao longo da costa de Sesimbra e disponibilizados pela Direcção Geral do Património Cultural.

A par destes, serão afundadas peças em pedra, relacionadas com o mar, feitas por escultores da região. “Já temos um nautilus [um cefalópode marinho, em forma de uma concha em espiral] em pedra feito há mais de um ano, estão a ser produzidas mais peças”, diz o autarca. O museu subaquático ficará situado entre o porto de abrigo e o Forte do Cavalo, a cerca de 12 metros de profundidade. Segundo o presidente da câmara, as peças serão depois monitorizadas pelos técnicos da DGPC para garantir que não ficam assoreadas.

Fonte: Público

 

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