Mosteiro da Batalha disponibiliza informação em Braille para visitantes cegos

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O Mosteiro da Batalha, que este ano assinala o 30.º aniversário da classificação como Património Mundial da Humanidade, disponibiliza desde segunda-feira informação em Braille sobre o monumento para o tornar mais inclusivo.
“O objetivo é fazer do monumento um espaço mais inclusivo”, disse hoje à agência Lusa o diretor do mosteiro, Joaquim Ruivo, considerando “essencial permitir que o monumento se disponha à leitura de qualquer visitante”.

Para o responsável, é “importante que o mosteiro possa ser fruído por todos, incluindo os que têm limitações”.

Segundo Joaquim Ruivo, que estima em “algumas dezenas por ano” o número de pessoas invisuais que se deslocam ao monumento, a informação que agora é disponibilizada inclui os principais aspetos históricos e arquitetónicos do monumento.

“Está igualmente a ser testado um guião de visita em Braille, com imagens e plantas em relevo, para permitir ao visitante cego a perceção do espaço, com referência a algumas particularidades históricas e arquitetónicas”, acrescentou o diretor do mosteiro.

Joaquim Ruivo esclareceu que se trata de um “documento mais completo que vai chamando a atenção destes visitantes para pormenores do mosteiro”, proporcionando-lhes uma “abordagem mais profunda”.

O responsável adiantou que está também em preparação “um guião pictográfico, com vista à inclusão de visitantes com outro tipo de necessidades, e um guião de visita em linguagem gestual para incluir no `site` do monumento” e cuja aplicação “poderá ser descarregada”.

O lançamento deste material está previsto para setembro, no âmbito das Jornadas Europeias do Património, referiu.

“A iniciativa quer proporcionar que pessoas com necessidades educativas de vária ordem, como cognitivas, de visão ou surdez, possam visitar o monumento”, acrescentou Joaquim Ruivo, para quem é importante maximizar este projeto de inclusão.

O diretor destacou a parceria que está a permitir implementar este projeto de promoção da inclusão, realçando o trabalho do Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria, que, com o serviço educativo do mosteiro, permite torná-lo uma realidade.

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Fonte: RTP

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