Van Gogh… afinal era falso

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Quando há um ano as Finanças espanholas arrestaram um quadro de Van Gogh não imaginavam estar perante uma fraude artística com mais de cem anos e que está a dar ao organismo um prejuízo de valor incalculável. É que o quadro Ciprestes, Céu e Campo, atribuído ao pintor holandês, tinha sido autenticado em 1944 pelo Rijksmuseum de Amesterdão e trinta anos depois pelo Instituto de História da Arte da Universidade de Viena.

Como ambas as instituições garantiam que a obra pertencia a Van Gogh, as finanças espanholas estavam satisfeitas por recuperarem parte do valor em dívida por algumas empresas, 319 milhões de euros, entre as quais a firma que pertencia ao proprietário do quadro. Um empresário estrangeiro que estava a ser investigado pela Guardia Civil e que deixara num cofre de um banco na região de Málaga a referida pintura.

Se à primeira vista o quadro Ciprestes, Céu e Campo não gerava qualquer polémica no que respeitava a ter sido pintado por Van Gogh em 1889, enquanto esteve no sanatório junto ao Cemitério de Sant-Remy, representando por isso um bom abatimento nas dívidas ao fisco espanhol, a surpresa veio quando o quadro foi integrado no património do Estado e este o desejou expor num museu.

Foi aí que teve fim a carreira deste Van Gogh que tanto entusiasmou as finanças espanholas, já que o perito do Museu Thyssen declarou que “era falso à vista desarmada”. Justificava a fraude com as cores escolhidas e a direção das pinceladas, entre outras características do pintor. Além de perderem esta verba incalculável, as finanças passaram pela vergonha de terem publicitado em grande esta recuperação.

Fonte: DN

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