A proposta partiu da Itália e, segundo a agência de notícias francesa, AFP, acaba de ser aceite pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês). Em breve os capacetes azuis, os militares ao serviço das Nações Unidas em várias partes do mundo, vão ter entre as suas tarefas a protecção do património histórico e arqueológico, que tem estado na mira dos radicais islâmicos.
Num comunicado, o ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini, deu a conhecer a decisão da UNESCO de envolver os soldados da paz nos esforços de protecção da herança da humanidade, depois de 53 países terem votado a favor da medida. Diz Franceschini que na tomada de posição destes países terão pesado, sobretudo, os ataques à cidade histórica de Palmira, na Síria, em que já foram destruídos os dois principais templos e o arco triunfal. “Confrontada com os ataques terroristas do Estado Islâmico e as imagens terríveis de Palmira, a comunidade internacional não pode ficar parada a assistir”, acrescentou.
Esta força da paz das Nações Unidas, conhecida pelos capacetes azuis que usam os seus operacionais, poderá vir a usufruir da experiência da polícia especial italiana que se dedica à protecção de património cultural e que dá formações em todo o mundo.
A ideia, explicou o ministro da Cultura, é que as Nações Unidas possam vir a destacar capacetes azuis para salvaguardar o património de zonas em risco devido à guerra e a catástrofes naturais, de forma a garantir que é protegido antes que venha a estar sob ameaça.
Fonte. Público