A Câmara do Porto já mostrou à vereação o projecto para o antigo Matadouro do Porto, que será formalmente apresentado esta quinta-feira, na Trienal de Milão, naquela cidade italiana. Orçado em cerca de 10 milhões de euros, o velho edifício vai ser o ponto de encontro de várias valências. O concurso público para a sua reabilitação deverá ser lançado no próximo ano. Já o do Mercado do Bolhão não deverá acontecer em Abril, como esteve previsto, estando o processo a ser ultimado.
O presidente da câmara, Rui Moreira, chamou os vereadores da maioria e da oposição à Casa do Roseiral, para lhes dar a conhecer os dois projectos emblemáticos para a cidade. E se, no caso do Bolhão já quase tudo se sabe, no caso do antigo Matadouro Industrial, o projecto só será oficialmente divulgado esta quinta-feira, na 21.ª Trienal de Milão, evento que ocupa aquela cidade do Norte de Itália até Setembro e que é dedicada ao design, artes e arquitectura.
O velho edifício, que chegou a estar durante vários anos na lista de imóveis a alienar, vai ser transformado num pólo multidisciplinar com espaço para as empresas criativas e tecnológicas, projectos artísticos, laboratórios de gastronomia, área desportiva, estúdios de media e audiovisual, e residências artísticas. Tal como já fora anunciado, o edifício será também a nova casa do Museu da Indústria do Porto, cujo espólio está empacotado há uma década num armazém da Zona Industrial.
Aos vereadores foi anunciado esta terça-feira que a expectativa é que as obras possam começar ainda antes do fim do actual mandato, prevendo-se que os trabalhos se prolonguem por cerca de dois anos. De acordo com a informação já divulgada em Novembro do ano passado, pela Câmara do Porto, o Matadouro deverá “configurar-se como alavanca da regeneração urbana da envolvente imediata, designadamente em articulação com os projectos de requalificação previstos para a Praça da Corujeira e para o espaço público que liga ambos”. Isto mesmo se podia ler no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Porto (PEDU), que configura a candidatura do município ao Programa Operacional Regional Norte 2020. No mesmo documento apontava-se a expectativa que “os efeitos de difusão [do Matadouro] se alarguem a toda a área oriental da cidade, claramente marcada por um contexto socioeconómico vulnerável”.
Fonte: Público
