Canhões do rio Arade estão em exposição no Museu de Portimão

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Canhões rio Arade, Museu Portimão

Três das dez bocas-de-fogo do século XVII, classificadas como “Tesouro Nacional” pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) em Março passado, estão expostas no Museu de Portimão, sendo provenientes da recolha arqueológica subaquática realizada entre 1993 e 2006 na foz do rio Arade, junto à Ponta do Altar.

Os outros sete exemplares estão em tratamento e depósito no Centro Nacional de Arqueologia Subaquática da DGPC, em Lisboa, «evidenciando esta classificação uma importância cultural de significado relevante para Portugal, nomeadamente refletindo valores de memória, autenticidade e singularidade histórica».

Estas dez “colubrinas bastardas”, agora qualificadas como bem de interesse nacional ou “Tesouro Nacional”, são associadas ao contexto de naufrágio de um navio, eventualmente ao serviço da coroa espanhola, que terá ocorrido durante o período da União Ibérica, entre 1580 e 1640.

Ainda que encontrados de forma dispersa, os dez canhões são considerados das mais significativas coleções de artilharia do século XVII, representando um importante testemunho da navegação transoceânica da época e da passagem pela costa portuguesa das rotas de ligação entre Espanha e os seus territórios ultramarinos.

Os canhões, com quase três metros de comprimento, foram descobertos por mergulhadores amadores, em 1992, perto da Ponta do Altar, frente à embocadura do Arade, mas já no concelho de Lagoa.

Fonte: Sul Informação

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